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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

29/06/2014

Coração empunhado

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Não há lágrimas que aniquilem

as magoas do desamor.

Porém acariciam a face

Serenando seu furor.

 

A paixão não da trégua

Grita, se esmera por mim.

É como um vício latente

mas que do fundo, quer emergir.

 

Com coração empunhado

sinto seu úmido calor.

Do pulsar agudo e fecundo

vaza-se mensagens de amor.

 

Abatida e desbotada

veste a dor, a sua cor.

Ainda geme em segredo

confortando “eu” o sofredor.

 

Enide Santos 29/06/14

23/06/2014

Eu sou poeta

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Momento de plena felicidade

É quando me sinto poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

E é a melhor coisa que sou, sendo para mim...

Não para ninguém, mas para mim.

Ser ou não boa poeta,

Isso fica para o amanhã.

Hoje EU SOU POETA.

Eu teço versos... Com meus sentimentos.

Roubo do ar... Momentos.

Solvo das pedras... Sentimentos.

Descubro paixão... Disfarçada de escuridão.

Eu sou poeta, que ri enquanto chora.

Que renasce a cada aurora.

Que risca em si a fonte de seu existir.

Eu fui poeta sem saber

Eu sou poeta por querer

E serei poeta depois que morrer.

 

Enide Santos 23/06/14

21/06/2014

Agora dói

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Agora dói acordar.

A razão pra me vivificar

Já não posso mais alcançar.

 

Abandono-me ás recordações.

Descuido-me das emoções

Penetro-me em pensamentos.

 

Agora dói respirar.

O ar que me visita,

Agora sai, como que pra te buscar.

 

Soluços, lágrimas, gemidos,

nada consome a dor

que me impõe este castigo.

 

Agora dói continuar.

É mesmo uma penitencia

Tentar deixar de te amar.

 

Enide Santos 22/06/14

Rua

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Rua...

Timidamente

embrulha-se de luar

Está guardando-se dos sons

que os ébrios ousam tocar

 

Logradouro...

Não conhece o mar

porque fica do lado de cá.

Mas envolve-se na areia

que vento tema em lhe dar.

 

Alameda...

Parque, praça, jardim.

Guardadora de passos

Ladra de sonhos

Acolhedora do abandono.

 

Enide Santos 21/06/14

13/06/2014

Epístola-16

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Fragmentos de mim


 

E as mãos dos sonhos ainda me roçam a pele.


Amparou-me com sua existência, ocupou meus pensamentos por muitas e muitas horas. Realizou sonhos meus e muitos outros me ofereceu.

Deu-me sonhos sim, e para realiza-los impregnou-me de vida.

Seu amor ensinou-me a não temer a saudade a não fugir dela, fez-me paciente e terna com minhas nostalgias, seu amor ajudou-me a saborear

cada fragmento do meu amar. Posso sentir o melhor de você em mim.


Hoje habitam sonhos e saudades nas lágrimas vivas que agora morrem de mim. Aprendi a andar no tempo, idas e voltas há lugares que somente meu pensamento é capaz de alcançar. As horas passam como tem que passar como sempre passaram, e eu? Prossigo sozinha dividindo minha vida com alguém muito mais frágil que eu, alguém que tenho que proteger a todo custo e a todo o momento, alguém de quem depende tudo que sou de onde emana a minha seiva.


Ah! Mas a minha solidão já não é mais a mesma, ela pressente um riso a vagar, sabe que por trás daquelas lágrimas está você e tudo que a tua presença deixou, agora a minha solidão é feita de recordação, cometida de espera e instigada por tão intenso amor.

Em muitos dos caminhos em mim, até mesmo desconhecidos por mim, você chegou, deixou marcas vivas que se rebelam exigindo tua presença.


Já me sangram as mãos, de tanto segurar as rédeas desta paixão.


Mas às horas vão devorando os meus sonhos e me vejo só, tendo que por fim em tudo menos em mim.


 

Enide Santos 14/06/14

12/06/2014

Use os meus beijos

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Use os meus beijos,

para se satisfazer.

Cada um com um sabor

todos dedicados a você.

 

Use os meus beijos,

abundantemente quentes,

Deliciosamente ardentes,

para encharcar-te de prazer.

 

Use-os molhados,

Utilize-os dedicados.

Busque novas texturas,

Aproveite-os com gula.

 

São nos meus beijos,

que encontrara,

toda a minha “fúria “

em possuir você.

 

Enide Santos 13/06/14

11/06/2014

Findou-se o sonho

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Não posso mesmo ter você.

Todos os sentidos estão mudos,

e aéreos ao meu ser.

 

É o fim de você em mim.

É chegada a hora,

de adeus ter que dizer.

 

As lágrimas já cheiram a tristeza,

da dor de te perder.

Então findou-se o sonho.

 

Não há mais nada...

Apenas o som do reboliço

que faz o amor para não deixar de existir.

 

Não posso mais ter este amor em mim,

É mesmo chegado o fim.

 

Enide Santos 11/06/14